domingo, 7 de abril de 2019

Moro é aprovado por 59%, e ministro do Turismo, pivô dos laranjas do PSL, tem 11%

O título acima é o de uma das reportagens da Folha de São Paulo hoje, 07/04/2019, e trata de duas fraudes, a saber:

Sergio Moro é uma fraude  que o Brasil conhecerá, mais cedo ou mais tarde. Seu combate à corrupção é apenas uma bem estruturada estratégia de tomada de poder, baseada no atropelamento do direito das pessoas e no insuflamento do espírito linchador das massas. Na lógica que construiu e para a qual conseguiu amplo apoio, qualquer um que questione seus evidentes abusos é taxado imediatamente de defensor de criminosos e traidor da pátria. No entanto é isso mesmo, ele lidera um amplo arco de burocratas estatais concursados e altamente privilegiados, uma verdadeira aristocracia que nos parasita sem dó, que engloba juízes, delegados de polícia, promotores e procuradores, e outros agentes como fiscais da RFB, que resolveu tomar para si o poder no país. E incrivelmente angaria amplo apoio na sociedade dos parvos. É muito improvável que consigam atingir o objetivo final de dominar o país, mas certamente causarão um prejuízo incalculável à nação.

O ministro do turismo revela a fraude que é o Presidente da República. Eleito como o melhor de nós, o puro, o incorruptível, aos poucos vai se revelando o amigo das milícias, dos funcionários fantasmas, da rachadinha (que confisca parte dos salários de funcionários públicos em representações legislativas), tolerante com os mal-feitos dos seus.

É tudo  uma grande fraude. E nós embarcamos nela com gosto e com ódio.




Popularidade em queda livre - A quem isso surpreende?

Hoje o Datafolha traz uma pesquisa que confirma a tendência mostrada por diversas outras. Após apenas 100 dias de governo o povo já percebeu, em sua grande maioria, que elegeu para nos presidir um absoluto incapaz, um zero à esquerda. 30% avaliam o governo ruim/péssimo e 33% apenas regular. Restam 32% que ainda o veem como bom/ótimo!

A análise racional da trajetória de vida do político mostra claramente a sua incompatibilidade com a liderança necessária para desamarrar os nós que nos impedem de sair da mediocridade, como nação. Mas no entanto, ele conseguiu convencer a maioria do eleitorado que votou que sim, que ele era o homem certo para o trabalho.

O homem saiu do Exército quando era capitão - o que é ridículo numa carreira cujo auge é a patente de General de Exército - porque seu comportamento era incompatível com a disciplina necessária para permanecer na carreira. Saiu de lá com um discurso de caráter sindical e partiu para a política, angariando apoios entre militares, policiais, bombeiros e, agora se sabe, pára-militares (milícias). Após uma passagem como vereador no RJ, passou 28 anos na Câmara dos Deputados, sempre como um elemento inexpressivo, do chamado baixo clero, sem jamais conseguir construir uma liderança entre seus pares. Claro que tudo isso descreve um sujeito que na nossa vida do dia a dia seria descrito como aquele cara do contra, que quer ser o dono da razão e sempre sai atirando contra qualquer um que não concorde com suas "verdades" e sua "sinceridade". Acredito que todo adulto que trabalha ou estuda conhece alguém assim, de quem todos querem distância.

No entanto a maioria do eleitorado se deixou encantar e o escolheu para nos liderar e nos conduzir... Para o abismo?