domingo, 11 de março de 2018

Cenário nebuloso na Política num ano eleitoral

Estamos em Março de um ano em que teremos eleições federais e estaduais e o cenário, que a esta altura já deveria mostrar algumas tendências claras, hoje não poderia ser mais incerto.
Que tipo de parlamento teremos, nesses tempos de políticos processados e presos em larga escala? Um parlamento capaz de repor a Democracia nos trilhos e com a coragem de enfrentar os abusos dos concursados do sistema policial-judicial, que se acham os verdadeiros detentores do poder no Brasil? Nada há no debate atual que possa nos levar a prever que tipo de Poder Legislativo teremos.
E a eleição presidencial, que opções de escolha o eleitor terá à sua disposição. Vejamos os destaques do cardápio de hoje, quando faltam cerca de 7 meses para o primeiro turno: Bolsonaro, Alckmin, Ciro, Marina. A única escolha minimamente racional, Alckmin, vem representando um partido absolutamente dividido, covarde e desleal. Suas chances de empolgar o eleitorado, mesmo devido à falta de opções, parecem pequenas. Todas as outras possibilidades parecem absolutamente desastrosas.
O candidato para representar a continuidade do governo de reconstrução e de retomada do desenvolvimento que Michel Temer comanda ainda não surgiu. Há tempo para os alinhamentos políticos e das preferências do eleitorado, refletidas em pesquisas eleitorais, para permitir ao próprio Temer ou alguém do seu grupo se viabilizar?
Ainda não descarto a candidatura de Temer, que estou prevendo há tempos ver exemplo, mas o tempo está se esgotando e as dificuldades são muitas. Por um lado há o esforço evidente de membros da PF, Procuradores e alguns ministros do STF para manter um fluxo regular de factoides espetaculares para a imprensa de modo a mantê-lo pressionado e na defensiva, por outro, o mainstream midiático o trata com evidente má vontade e finge não perceber nem as virtudes evidentes de seu governo nem a sua óbvia aptidão a ser o candidato para a continuidade (Fingem não ver que ele tem as condições formais, pelo menos). Veremos o que será possível em termos de candidatura da continuidade.
A chance do eleitorado ter que escolher a candidatura menos desastrosa dentre somente péssimas opções é muito grande . Pobre Brasil, pobres dos pobres brasileiros, que serão, como sempre, as maiores vítimas das estripulias e cabeçadas de sua elite.