sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Witzel

Jesus, Maria e José! Como o Rio de Janeiro parece condenado a eleger mulas-sem-cabeças repetidamente, ad aeternum!
O que é esse ex-juiz, fanfarrão, amigo de bandidos, especialista em "auxílios", que está prestes a ser eleito Governador?
O cara foi questionado no debate sobre o tal Azenha (advogado do traficante Nem, que foi condenado por ter tentado subornar policiais ao ser flagrado tentando dar fuga ao seu cliente procurado pela Polícia), disse que mal o conhecia, horas depois aparecem evidências de uma convivência ÍNTIMA entre eles. A ver o que os eleitores do Rio de Janeiro farão no segundo turno.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Eleições

Uma eleição serve para ESCOLHER um caminho coletivo. Esse foi o melhor meio que a humanidade inventou para a tomada de decisões coletivas.

Sem eleição um grupo grande de pessoas não consegue tomar decisões que afetem a todos, porque os pensamentos são SEMPRE diferentes. Pensar diferente é próprio de cada ser humano, então é covardia tentar DEMONIZAR o pensamento divergente.

Desse modo, eleição é apenas o jeito civilizado de uma sociedade, RESPEITANDO os PENSAMENTOS e VONTADES de cada um, escolher seus governantes.

Do exposto acima vemos que numa sociedade que se respeita, cada cidadão reconhece o direito do outro a fazer suas escolhas. Não tenta intimidá-lo, não tenta ridicularizá- lo. Apenas ACEITA a decisão da maioria.

Nesse sentido, o que vemos hoje no Brasil deveria nos envergonhar e nos fazer buscar o necessário pacto social sem o qual nos nunca seremos uma nação, mas apenas um incidental ajuntamento de truculências e selvagerias.

A eleição presidencial de 2018

Terça-feira, faltam cinco dias para as eleições. Acaba de sair mais um Datafolha, sucedendo um IBOPE. Tudo indica que haverá segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, com chances de Bolsonaro liquidar a peleja no primeiro turno.

Nenhum deles serve para ser meu Presidente, segundo meus critérios. Muitas pessoas queridas tentam me convencer de que há de se escolher o mal menor. Tem lógica! Mas meu espírito grita, NÃO!

Votar em  branco no segundo turno também é uma manifestação política. Mostra que o eleito tem um déficit de legitimidade, porque X eleitores rejeitaram tanto seu adversário quanto ele próprio.

Eu jamais fui adepto a me juntar a rebanhos, não começarei agora. #ELENÃO e #NEMELE.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A temporada dos Lobos

Aparentemente está aberta a temporada dos lobos. E ela poderá ser duradoura!

A observação atenta dos fenômenos que estão nos levando a essa realidade revela duas coisas. Há alguns lobos nessa pradaria e, como sempre, inúmeras e inúmeras ovelhas. Ocorre que muitas ovelhas, ouvindo o uivo sedutor dos lobos, passaram a acreditar que também são lobos e se uniram a eles. Daí, lobos e ovelhas "convertidas" (lobos-novos) estão a um passo de dominar a pradaria.

Como a situação tenderá a evoluir, se a tomada da pradaria se concretizar? Bem, os lobos genuínos se fartarão de comer ovelhas. Será um banquete! Os lobos-novos (ovelhas convertidas em lobos) também comerão muitas de suas irmãs, completando a tragédia.

Em algum momento, entretanto, os lobos-novos serão despertados de seu torpor, não pela sua parca inteligência, mas pela sua própria Biologia. Eles, afinal, são herbívoros ruminantes, não estão preparados para comer ovelhas, mas capim e alfafa.

Quando perceberem que estão comendo suas irmãs ovelhas, levados pela sua natural e instintiva rejeição ao sangue e à violência, os lobos-novos quererão voltar à sua condição natural e se juntar ao rebanho das ovelhas. Mas não será fácil.

Os lobos genuínos, ao verem seus neo-aliados a ponto de se evadirem, pondo em risco seu reinado de refeições fartas e fáceis, farão o que sabem fazer de melhor para serem persuasivos. Serão violentos. Mais banho de sangue.

A ver.

De qualquer modo, haja o que houver, as ovelhas escolherão seu próprio destino. Não reclamem depois, quando o lobo estiver à porta.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A desamparada Democracia brasileira

Nossa breve democracia está à beira da morte e pouquíssimos brasileiros demonstram algum pesar, lamentavelmente. O que acontece? Como chegamos até aqui?
Bom, não se pode dizer que a democracia está no DNA da nação brasileira, a triste verdade é que o valor da democracia parece que nunca ficou evidente para o nosso povo. Desde a fundação dessa República, através de um golpe de estado, há 129 anos, até hoje, nós fomos governados por longos períodos de regimes autoritários intercalados por breves hiatos democráticos. Cada um deles interrompido pela força, sempre que houve um impasse político mais forte. Dessa vez, se realmente acontecer, não será pela força, mas pelo abandono puro e simples dos princípios democráticos pela maioria dos eleitores.
O atual período democrático que vivemos sucedeu uma ditadura militar que se estabeleceu a partir de 1964, com forte apoio de setores conservadores da sociedade, como reação à escalada das esquerdas, que vinham crescendo no mundo inteiro, no contexto da guerra fria, e já tendo inclusive instalado uma ditadura comunista em Cuba. De modo, então, que um regime autoritário de direita foi implantado para prevenir a ascensão de um regime autoritário de esquerda. Democrata convicto aí, se havia algum, não conseguiu deixar rastros na História.
Após a redemocratização, tivemos um retorno crescente da esquerda ao protagonismo político brasileiro, culminando com a ascensão do PT à Presidência em 2002. Uma vez instalada no poder a esquerda tratou logo de tomar as providências para não sair mais de lá. E o fez não usando a força, porque não era possível, mas subvertendo a democracia pela compra de apoio político com dinheiro roubado das estatais, muito especialmente da Petrobrás, para aprovar as medidas e mudanças constitucionais que queria. Essa perpetuação da esquerda no poder não foi possível por dois motivos principais: por um lado uma parte da base de apoio, especialmente o PMDB, desconfiava das intenções dos petistas e esquerdistas em geral e barrava as mudanças constitucionais que atingiam mais fortemente os fundamentos do estado democrático, pelo outro lado, a deterioração da economia nacional, causada pelas políticas governamentais petistas, precipitaram a queda de Dilma Roussef pouco depois de ter sido reeleita.
A queda de Dilma foi precipitada pela recessão econômica e pela efervescência política que levou milhões de pessoas às ruas para protestar contra seu governo. Ocorre que dessa efervescência emergiu rapidamente o outro lado da alma autoritária brasileira, uma cara raivosa e vingativa, de caráter fascistoide e auto-conclamado perfil de extrema-direita. Essa massa movida pela raiva e pela vingança está pronta para agir, linchar e atropelar, mesmo que com isso ela própria seja sacrificada, como provou a recente greve dos caminhoneiros, que teve amplo apoio de suas vítimas.
Assim, uma vez mais, num contexto internacional que mostra a democracia sendo fortemente questionada em várias partes do mundo, nós, com nossos autoritários à esquerda e à direita muito perto de formar a maioria necessária para tirar os poucos democratas restantes do jogo político, estamos à beira de mais um período sob regime ditatorial. Uma pena

domingo, 9 de setembro de 2018

Imprensa patética

Nossa imprensa é majoritariamente esquerdista. Adora incondicionalmente todos os discursos "progressistas" e adora igualmente demonizar e ridicularizar os seus leitores, ouvintes e telespectadores conservadores e liberais.
Ela está muito mal acostumada. Durante décadas, qualquer político ou personalidade que ousasse defender uma ideia minimamente contrária aos dogmas "progressistas" era logo confrontado com o vitimismo do politicamente correto e o enquadramento logo se dava porque ninguém parecia saber resistir ou ter a coragem de fazê-lo.
Nesse sentido, embora eu discorde frontalmente de suas ideias, o surgimento de Jair Bolsonaro como candidato viável à presidência da república tem sido bastante útil do ponto de vista didático. Ele mostra que nossa imprensa é patética e incapaz de um diálogo minimamente civilizado e útil para o público com alguém de fora de seu mundinho ideológico. As entrevistas dele ao Roda Viva, à Globo News e ao Jornal Nacional foram oportunidades extremamente eloquentes para expor a fragilidade intelectual de nossos mais renomados jornalistas.
Embora repitam o discurso da tolerância, da inclusão e do respeito ao contraditório, nossos patéticos homens e mulheres de imprensa foram incapazes de formular questões úteis até para expor as fragilidades e contradições do candidato. Não, todos, sem exceção, optaram cegamente por se agarrar a questões referentes às bandeiras "progressistas" (ditadura, aborto, desarmamento, uso da força na segurança pública...), áreas que formam a base do discurso do candidato, proporcionando palanques formidáveis onde ele parecia todo seguro de si e nossos pobres-ricos jornalistas pareciam apenas, mais uma vez, patéticos.

Sobre as eleições presidencias daqui a menos de um mês

Pronto! Mais um evento para tumultuar o já tempestuoso ambiente político brasileiro. No momento em que escrevo este texto, Jair Bolsonaro, líder de fato das pesquisas eleitorais para a presidência (líder de fato porque o líder numérico, Lula, está preso e é inelegível), está internado na UTI do Hospital A. Einstein, em São Paulo, se recuperando de um ataque à faca que recebeu em Juiz de Fora na última quinta-feira.
Que decisão o eleitorado brasileiro tomará para o seu próprio futuro na eleição que se aproxima?
O ambiente da política nacional está confuso e imprevisível a mais não poder. As condições para a tomada de decisão de voto de modo racional e fundamentado, praticamente inexistem. O eleitor seguirá seus instintos e suas emoções, baseado em percepções e fragmentos de informações, como, afinal, sempre ocorre, na maioria dos casos.
Após três mandatos e meio do PT na presidência da república, onde a retórica divisionista de "nós contra eles" foi preponderante, temos um país muito dividido e de extremos aparentemente irreconciliáveis. Assim, o cardápio de opções do eleitorado, apesar dos muitos candidatos, é bastante limitado, vejamos:
O campo à esquerda tem os extremistas sem voto mas muita retórica comunista e autoritária, que acabam por lhes dar influência desproporcional, especialmente na imprensa e nas artes. Esses, pela pouca relevância eleitoral acabarão, como sempre, atraídos pelo centro de gravidades petista, compondo um blocão de esquerda. Teoricamente, e as últimas eleições tem confirmado isso, esse campo contará com cerca de 30% dos votos válidos ou um pouco menos, o que é suficiente para ir ao segundo turno, quando, então, terá que conquistar muitos votos do centro para se eleger.
À direita temos dois blocos, o tradicionalmente enorme bloco da centro-direita se dividiu e agora temos uma extrema-direita, vamos chamar assim por não me ocorrer termo melhor no momento, embora o ache impróprio, e o centro-direita.
As ideias ultra-conservadoras e ultra-liberais jamais formaram blocos relevantes no Brasil, mas ultimamente, com a demonização generalizada da política promovida pela lava-jato, mais o discurso radicalizado anti-petista surgido dos protestos que levaram à cassação de Dilma Roussef, possibilitaram a ascensão do ex-capitão do Exército, com suas propostas populistas e de apelo autoritário. As pesquisas o indicavam como o preferido por cerca de 20% dos eleitores, antes do ataque. Especula-se agora quantos votos a mais ele ganhará em decorrência de ter sido vítima de uma ação violenta. Suas chances de ir ao segundo turno dependem, apesar de tudo, do grau de dispersão do eleitorado de centro-direita.
O centro do nossa massa eleitoral detém cerca de metade dos votos e ele decide as eleições, à medida que pende ora para a esquerda ou para a direita. Esse centro é tradicionalmente avesso às ideias extremistas. Lula, por exemplo, só conseguiu finalmente se eleger quando abrandou o discurso e assumiu compromissos políticos mais palatáveis a essa enorme parcela da população.
Como ficamos então? O que deve acontecer em Outubro?
A única ferramenta confiável disponível para prever o futuro, neste caso, é a observação dos eventos passados, embora o ambiente atual possa ser tão diferente que invalide as conclusões baseadas nas eleições pretéritas. Assim, com base no que se conhece do comportamento do eleitorados em outras eleições, pode-se prever Fernando Haddad no segundo turno, se ele for capaz de finalmente se apresentar e convencer como o legítimo substituto de Lula na chapa petista. A outra vaga no segundo turno pode ser de um dos candidatos de centro que consiga convencer pelo menos um quarto do eleitorado que ele seria a melhor opção para barrar ao mesmo tempo a esquerda e o radicalismo de Bolsonaro. Por outro lado, se o centro se dispersar demais entre Alckmin, Meirelles, Amoedo, Ciro e Marina, Bolsonaro certamente vai ao segundo turno. Aí teremos duas belas opções, ficamos na caldeira fervente ou saltamos na fogueira.


domingo, 27 de maio de 2018

Inimigos de nós mesmos

Os eventos protagonizados pelas empresas de transporte rodoviário e seus caminhoneiros neste Maio de 2018 ainda nem terminaram mas já serviram para consolidar em mim uma percepção que tenho há tempos. Nós, brasileiros, estamos muito longe de constituirmos uma verdadeira Comunidade. Somos, cada vez mais, um aglomerado de facções e cada uma busca se impor e tirar o máximo de vantagens sobre as outras, sem nenhum traço de lealdade e sem nenhuma consideração com o estorvo ou mesmo o sofrimento que suas ações possam causar ao restante da cidadania.
Os exemplos são inúmeros: são os próprios caminhoneiros que se impõem na marra, paralisando o país, com as consequências expostas nos jornais e que vão desde prejuízos econômicos até sofrimento físico e risco à vida das pessoas; é o dono do posto de gasolina onde você abastece há anos e geralmente o trata a rapapés como cliente fiel, mas não se constrange em quase dobrar o preço do combustível de um dia para o outro, aproveitando a oportunidade; são os funcionários da Petrobrás, que ameaçam tornar efetivo o desabastecimento mesmo que os caminhões voltem a rodar... Claro que não ignoro que há as demandas legítimas de empresários e trabalhadores, nem que os preços dos produtos obedecem às leis de mercado, mas o que se vê aqui extrapola todos os limites do razoável.

domingo, 20 de maio de 2018

O democrata autoritário

É claro que o título deste texto é uma contradição em termos, mas é assim que eu vejo muitos dos nossos supostos democratas. A seguir tratarei de deixar mais claro o que quero dizer.
Reza o parágrafo único do artigo 1º da nossa constituição: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição".
Bom, vamos iniciar trocando em miúdos o que vai acima. "Todo poder emana do povo", significa que o poder político só se legitima se submetido à decisão popular, no caso através de eleições limpas e periódicas. "...que o exerce por meio de representantes eleitos...", a democracia REPRESENTATIVA é a forma consagrada hodiernamente de exercício da vontade popular. "...ou diretamente, nos termos desta constituição...", porque as hipóteses e condições para o exercício direto da vontade popular devem ser regulamentadas e restritas. Isso, à primeira vista, parece ruim, mas não é. O povo, no coletivo, não tem condições de tomar conhecimento, em detalhes, das questões em discussão, de modo que não pode tomar decisões racionais sobre temas como tributos, leis penais, zoneamento urbano, políticas de transporte, poluição e toda a infinidade de assuntos que precisam ser discutidos numa democracia. Mas há temas que, devidamente regulamentados para evitar a manipulação da vontade popular como massa de manobra, podem e devem ser submetidos à consulta direta aos eleitores, recall de políticos eleitos, por exemplo.
Assim, o modelo de democracia mais legítimo que se conhece é a democracia representativa. No Brasil o que se observa, especialmente entre as elites supostamente mais educadas, é uma mal disfarçada intolerância com os ritos e os riscos  de uma sociedade verdadeiramente democrática. Vejamos alguns exemplos de atitudes antidemocráticas amplamente aceitas em nossa sociedade:
Demonização de eleitores de que discordamos - com o advento da internet e das redes sociais se tornou visível a grande explosão de intolerância com o voto divergente, vejamos os recentes casos das eleições de Dilma Roussef, por exemplo, em que os mineiros e nordestinos foram bastante ofendidos porque nessas regiões ela teve grandes vitórias;
Lei da ficha limpa - o que é essa lei senão uma forma de tutelar o eleitor? Se todo poder emana do povo, o povo PODE eleger o pior facínora, se essa for sua vontade. A discussão é muito mais ampla, eu sei, mas não cabe fazê-la aqui. Agora, que a lei tutela o eleitor, tutela;
Restrições à capacidade de decisão dos eleitos - a toda hora se veem iniciativas buscando limitar o exercício do poder dos eleitos submetendo-as ao arbítrio de não-eleitos. É o MP, é o judiciário e são órgãos de controle diversos castrando o exercício do poder popular por seus representantes eleitos;
Tutela dos eleitos pelos concursados - em tempos de lava-jato, com apoio de amplas camadas da imprensa e de moralistas tacanhos, o poder político se deslocou bastante para o establishment burocrático, deixando os representantes eleitos encurralados e acoelhados, como diria certo político notório;
Democracia direta - vira e mexe aparece algum espertalhão clamando pela democracia direta, querendo submeter certos assuntos polêmicos, que dividem a sociedade, a plebiscitos. Sabemos que isso parece ser a essência da democracia, mas na verdade é a essência da demagogia. O povo, no coletivo, age como massa, e a massa, sob certas condições, pode ser facilmente manipulada. Assim, pode apostar que, quando vir um espertalhão cobrando democracia direta, ele acha que tem, naquele momento, as condições necessárias para manipular a massa a seu favor. Num outro momento, desfavorável, esse mesmo espertalhão pregará apaixonadamente a favor da democracia representativa.

domingo, 11 de março de 2018

Cenário nebuloso na Política num ano eleitoral

Estamos em Março de um ano em que teremos eleições federais e estaduais e o cenário, que a esta altura já deveria mostrar algumas tendências claras, hoje não poderia ser mais incerto.
Que tipo de parlamento teremos, nesses tempos de políticos processados e presos em larga escala? Um parlamento capaz de repor a Democracia nos trilhos e com a coragem de enfrentar os abusos dos concursados do sistema policial-judicial, que se acham os verdadeiros detentores do poder no Brasil? Nada há no debate atual que possa nos levar a prever que tipo de Poder Legislativo teremos.
E a eleição presidencial, que opções de escolha o eleitor terá à sua disposição. Vejamos os destaques do cardápio de hoje, quando faltam cerca de 7 meses para o primeiro turno: Bolsonaro, Alckmin, Ciro, Marina. A única escolha minimamente racional, Alckmin, vem representando um partido absolutamente dividido, covarde e desleal. Suas chances de empolgar o eleitorado, mesmo devido à falta de opções, parecem pequenas. Todas as outras possibilidades parecem absolutamente desastrosas.
O candidato para representar a continuidade do governo de reconstrução e de retomada do desenvolvimento que Michel Temer comanda ainda não surgiu. Há tempo para os alinhamentos políticos e das preferências do eleitorado, refletidas em pesquisas eleitorais, para permitir ao próprio Temer ou alguém do seu grupo se viabilizar?
Ainda não descarto a candidatura de Temer, que estou prevendo há tempos ver exemplo, mas o tempo está se esgotando e as dificuldades são muitas. Por um lado há o esforço evidente de membros da PF, Procuradores e alguns ministros do STF para manter um fluxo regular de factoides espetaculares para a imprensa de modo a mantê-lo pressionado e na defensiva, por outro, o mainstream midiático o trata com evidente má vontade e finge não perceber nem as virtudes evidentes de seu governo nem a sua óbvia aptidão a ser o candidato para a continuidade (Fingem não ver que ele tem as condições formais, pelo menos). Veremos o que será possível em termos de candidatura da continuidade.
A chance do eleitorado ter que escolher a candidatura menos desastrosa dentre somente péssimas opções é muito grande . Pobre Brasil, pobres dos pobres brasileiros, que serão, como sempre, as maiores vítimas das estripulias e cabeçadas de sua elite.