quinta-feira, 18 de maio de 2017

O fim do Mundo (de novo!)

Bom, 18 de Maio de 2017. Lá vamos nós outra vez, 207 milhões de brasileiros (IBGE), correndo velozmente rumo ao desconhecido. Desconhecido, no sentido de que não se pode advinhar o que pode ser o Brasil depois de mais essa turbulência, mas mais ou menos conhecido no sentido de que podemos apostar com razoável grau de certeza de que daí não virá coisa boa, especialemente para os mais pobres. Sempre eles pagando o pato!
Vejamos: a imensa maioria dos brasileiros, eu chutaria precisamente uns 190 milhões, tem apenas uma ideia nebulosa e imprecisa de que, para variar, está havendo uma imensa roubalheira neste país onde se rouba desde sempre. Sendo que talvez dessa vez seja um pouquino diferente, pelo tanto que o assunto é repetido na TV, no rádio e nas redes sociais. Essa imensa parcela da sociedade se dividirá em dois ou três grandes blocos, fundamentados em alguns valores básicos e instintivos, que irão nessa ou naquela direção, conforme a capacidade de comunicação e de convencimento das diversas facções disputando o poder.
Dos 17 milhões de pessoas restantes (não me falem em precisão dos números, aqui são apenas uma base de raciocínio), dois terços ou mais conseguem distinguir na névoa da ignorância e do preconceito, algumas figuras como Partidos Políticos, Políticos, poderes constituídos (Executivo, Judiciário e Legislativo), empreiteiras, meios de comunicação, juízes, Ministério Público, doleiros, etc. Não conseguem, entretanto, ter clareza dos mecanismos de funcionamento e de articulaçao entre todas essas figuras que consegue enxergar. Então esse grupo também se fragmentará e seguirá instintivamente a facção de sua afinidade.
Já os bariseliros restantes, 4 ou 5 milhões?, que tem um conhecimento mais aprofundado do que está acontecendo, de quem são os atores em cena e de quais os instrumentos cada grupo usa para atingir seus fins, bem, nesse caso são eles próprios os atores principais de cada facção e tem seus interesses a defender e os defenderão, a todo custo, pouco importando os custos que a grande maioria amorfa terá que absorver. Esse pequeno grupo de brasileiros sabe que, haja o que houver, quando a tempestade passar e a névoa se evaporar, eles continuarão onde sempre estiveram, mesmo que milhões e milhões de conterrâneos tenham sofrido grandes perdas.
Quem viver, verá.

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