domingo, 10 de março de 2019

Lava jato e o assalto ao poder democrático

Lava jato e o assalto ao poder democrático 

A famosa operação Lava Jato será lembrada no futuro como uma bem urdida estratégia de usurpação do poder constituído no Brasil. Provavelmente será abatida entes de concretizar completamente suas intenções, mas causará dano profundo e prolongado à institucionalidade democrática brasileira.
Idealizada pelo Juiz Sergio Moro, com a colaboração de uma força tarefa do MPF-PR e Polícia Federal-PR, a estratégia visa contornar os longos trâmites legais da nossa justiça, com as proteções legais (exageradas? Talvez, mas a competência para alterá-las é do Legislativo, poder eleito pelo povo) de que dispõem os réus, utilizando métodos puramente autoritários e violando abertamente as leis. Para se impor e atropelar qualquer tipo de reação dos poderes constituídos, esse grupo de empregados públicos precisava de amplo apoio popular, o que foi conseguido com um bem sucedido conluio com amplos setores da imprensa, alimentados por vazamentos frequentes de segredos de processos sigilosos e acesso privilegiado às informações das operações policiais espetaculares e escandalosas.
Como consequência esse grupo conquistou ampla aceitação na sociedade e conseguiu vetar as principais tentativas de impor limites aos seus abusos de autoridade.
Mas a operação de caça aos corruptos tem ambições políticas óbvias e deseja substituir as instituições da democracia. Quer aparelhar e comandar todos os órgãos relevantes de controle, como aconteceu recentemente com o COAF, transferido para o comando de Sergio Moro, agora Ministro da Justiça. O escândalo da vez é a tentativa de montar uma fundação de direito privado com mais de R$ 1 bilhão com dinheiro tomado da Petrobras, aventura comandada pelo inacreditável Procurador Deltan Dallagnol.
A sede de poder frequentemente cega as pessoas. Nossa salvação pode estar aí. À medida que o grupo da Lava Jato vai conquistando mais e mais poder, ele vai ficando cada vez mais e mais ousado e autoritário. Tanto poder passa a chamar a atenção da população e a atrair adversários, o que acabará expondo a verdade sobre essas pessoas auto intituladas defensoras do bem e do justo, que sabemos serem apenas burocratas autoritários e incapazes de conviver com os princípios democráticos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário