domingo, 9 de julho de 2017

A esquerda no poder e os "servidores" autoritários

No início dos anos 60 a Esquerda brasileira teve seus sonhos revolucionários frustrados pelo golpe de Estado que instalou uma ditadura militar que durou 21 anos. Após a redemocratização ela levou quase outro tanto para conseguir organizar um discurso capaz de levá-la a conquistar nas urnas o tão ansiado poder.
As quatro décadas entre os anos 60 e o início do século 21, porém, não lhes foram inúteis. O fato da ditadura que lhe bloqueou o caminho ter sido muito desastrada e ter terminado melancolicamente, com acúmulo de carências sociais e econômicas, lhes deu muita credibilidade, por contraste. Ela passou, então, todo esse tempo fermentando no seio da sociedade e se alastrando metasticamente por órgãos vitais como universidades, imprensa, teatro e artes em geral, e carreiras públicas, nesse caso, em especial, muito coerentemente, dada sua visão do Estado como centro da vida social.
Então, quando finalmente ascenderam ao poder, as esquerdas estavam muito bem posicionadas na estrutura pública e em algumas elites, mas não no tecido social como um todo.
Suas tentativas de implodir a democracia por dentro, que começaram assim que Lulla assumiu a cadeira presidencial, sempre deram com os burros n'água porque as mudanças profundas nos direitos fundamentais, necessárias para implementarem definitivamente seu governo de caráter totalitário, requeriam maioria qualificada no Congresso, porque implicavam mudanças na Contituição.
Aprovar uma emenda à Constituição brasileira requer uma maioria de 3/5 dos votos TOTAIS da Câmara dos Deputados e do Senado, em duas votações em cada casa. Não é tão fácil, portanto. Ocorre que as Esquerdas conquistaram o poder mas nunca chegaram nem perto de ELEGER a famosa maioria qualificada.
O que fizeram então? Primeiro com o Mensalão e depois com o Petrolão, passaram a COMPRAR o apoio de que precisavam para aprovar suas propostas. E conseguiram aprovar muitas PEC, mas um Partido, especialmente, que possui profunda representatividade na base da sociedade, sempre resistiu a aprovar as propostas mais autoritárias, como restrições á liberdade de expressão, por exemplo, que visavam a amordaçar a imprensa. Esse partido, não por acaso tratado como a GENI da política brasileira por aquelas elites mencionadas acima, por puro ressentimento, é o PMD,B. Se você se surpreeder e escandalizar muito com essa minha afirmação, por favor, antes de protestar violentamente, gaste 5 minutos no Google e confira que partido deu mais votos contrários às propostas mais autoritárias que a esquerda tentou passar no Congresso desde 2003.
Como o caminho parlamentar não funcionou, agora surgem os esquerdistas CONCURSADOS para carregar a bandeira da revolução. Uma geração de juízes, promotores e delegados, frutos daquela fermentação mencionadas acima, com o uso ABUSIVO da imensa autoridade que seus cargos lhes dá, contando com o apoio entusiasmado dos outros esquesdistas escastelados estrategicamente nos meios de comunicação, nas artes, nas universidades e outros importantes postos de influenciação da Opinião Pública, partiram para a destruição da Política e tomada do poder. Acorda Brasil!

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