sábado, 15 de julho de 2017

Empregados concursados e abuso de autoridade

Outro dia escrevi sobre uns "tais concursados" num texto e recebi um fedback reclamando do meu suposto preconceito contra os servidores públicos e afirmando que o concurso é a melhor forma de aceso ao emprego público.
Bom, é minha responsabilidade me esforçar para que meus textos sejam claros e levem ao leitor o mais precisamente possível as mensagens que quero transmitir.
Então vamos esclarecer: sim, o concurso público é a forma mais, digamos assim, republicana, de acesso ao emprego público, embora tenha problemas que não nos cabe discutir aqui e agora. Como precisamos de servidores públicos, que sejam concursados. E eles tem todo meu respeito.
A minha repulsa intensa é com os empregados públicos que extrapolam as funções legalmente descritas e delimitadas dos seus cargos e resolvem, abusando de sua autoridade, fazer política.
Muitas funções atribuídas ao Estado só podem ser efetivadas dando poder aos agentes públicos encarregados de sua execução. Assim, não adianta dizer que determinada conduta pode implicar a prisão de quem for flagrado no ato de a praticar, se não for dado ao policial o poder de o prender. Então, a policiais, fiscais, juízes, promotores, dentre outros servidores, são atribuídos legalmente pela sociedade através de seus legisladores, o poder necessário para o exercício regular de suas funções. Para nada mais.
Quando algum servidor abusa da confiaça da sociedade e passa usar a autoridade que lhe foi dada para outras finalidades, comete abuso de autoridade. É uma atitude extremamente desleal com a sociedade como um todo e perigosa para as instituições.
O que temos visto no Brasil nos últimos tempos? Empregados concursados, com seus empregos vitalícios das carreiras mais privilegiadas em termos de salários, benefícios e poder legal, ora "colocando a faca no pescoço" dos governos em defesa de seus privilégios (vide episódio da paralização da emissão de passaportes), ora se arrogando os legítimos DEFENSORES do povo, em cruzadas contra a corrupção que produzem muito barulho e pouco resultado (vide Sergio Machado e Joesley Batista).
Nossos políticos estão com a popularidade no chão e eles certamente fizeram por merecer, mas nós votamos neles. Eles nos devem seus cargos e nós podemos demiti-los negando-lhes o voto. Por essa razão só os políticos podem ter e exercer o poder político, porque nós lhes demos essa representação através do voto.
Está passada a hora dos nossos concursados abusados (me refiro só a esses) refluirem para seus "quadrados" intitucionais  ou abandonarem o serviço público e passarem a disputar eleições pra se tornarem legítimos representantes do povo.

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