domingo, 27 de maio de 2018

Inimigos de nós mesmos

Os eventos protagonizados pelas empresas de transporte rodoviário e seus caminhoneiros neste Maio de 2018 ainda nem terminaram mas já serviram para consolidar em mim uma percepção que tenho há tempos. Nós, brasileiros, estamos muito longe de constituirmos uma verdadeira Comunidade. Somos, cada vez mais, um aglomerado de facções e cada uma busca se impor e tirar o máximo de vantagens sobre as outras, sem nenhum traço de lealdade e sem nenhuma consideração com o estorvo ou mesmo o sofrimento que suas ações possam causar ao restante da cidadania.
Os exemplos são inúmeros: são os próprios caminhoneiros que se impõem na marra, paralisando o país, com as consequências expostas nos jornais e que vão desde prejuízos econômicos até sofrimento físico e risco à vida das pessoas; é o dono do posto de gasolina onde você abastece há anos e geralmente o trata a rapapés como cliente fiel, mas não se constrange em quase dobrar o preço do combustível de um dia para o outro, aproveitando a oportunidade; são os funcionários da Petrobrás, que ameaçam tornar efetivo o desabastecimento mesmo que os caminhões voltem a rodar... Claro que não ignoro que há as demandas legítimas de empresários e trabalhadores, nem que os preços dos produtos obedecem às leis de mercado, mas o que se vê aqui extrapola todos os limites do razoável.

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