domingo, 25 de junho de 2017

A deposição

A se julgar pelo Datafolha mais recente, combinado com o tom do noticiário dos principais veículos de comunicação do país, a disposição do PGR e a vacilação nauseante do PSDB, o governo Temer está morto e será substituído muito em breve.
Tratemos então de, a partir desta constatação, tentar discernir o que será o day after. Deposto o Presidente, Rodrigo Maia assume interinamente, com a missão de organizar a eleição indireta do seu substituto no 30º dia após a vacância... Ou não?
Bem, a eleição indireta trinta dias depois da queda do Presidente é o que ordena a Constituição Federal, essa pobre coitada que tem sido tratada como um estorvo intolerável pelo inteiro espectro político-jurídico nacional, da extrema esquerda à extrema direita. Mas, a despeito do ordenamento constitucional, é crecente o número dos que querem organizar eleições diretas já.
Então ficamos assim: depomos o presidente e mergulhamos imediatamente num período de agitação política ainda pior que o que já vivemos, com resultados absolutamente imprevisíveis na questão da melhoria ou não da organização do Estado e do governo, mas claramente previsíveis no campo da economia e da qualidade de vida dos brasileiros.
Este estado de coisas só terminará quando conseguirmos superar a divisão política atual, que nos paralisa, e aglutinar uma sólida maioria dos brasileiros em torno de um conjunto de ideias para fazer este país avançar. Que seja logo!

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